João de Salisbury é o grande nome filosófico do
Renascentismo do século XII. A Metalógica é agressiva em relação ao estudo da
lógica da Gramática e da Retórica que é a arte de falar. João defendeu uma
sólida formação nas Artes Liberais (Disciplinas necessárias para a formação do
filósofo, constituído do Trivium que é: A Gramática, Dialética e Retórica.
Quadrivium é: Aritmética, Geometria, Música e Astronomia) para que os
estudantes conseguissem realmente tornarem-se sábios.
O autor defende a importância das letras na
preservação do conhecimento, sendo ele o primeiro filósofo a desenvolver a
ética na vida política. A filosofia é o amor à divindade, pois o filósofo é
aquele que ama Deus, afirma Salisbury.
Para ele a luz se espalha assim que a leitura é
exercida, sendo a gramática um importante fundamento do conhecimento, da
escrita e do diálogo correto. Quanto mais se lê e mais conhecimentos alguém adquiri
mais completa será sua percepção a cerca da elegância e da fundamental
importância dos clássicos para a construção da sabedoria e por conseqüência
maior será a clareza e capacidade de ensinar.
Deveriam praticar os exercícios da gramática, pois
praticando-os desenvolver-se-á uma desenvoltura para oratória e para a persuasão
que trazem muitos benefícios à vida, sendo benéficos também se a dedicação a eles
for regida pela caridade e se o avanço literário for serviçal da humildade.
Segundo Salisbury só poderia ser considerado um
homem educado aquele que fosse, ao mesmo tempo, formado no discurso e na
moralidade. Por isso é razoável dizer que aquele que despreza a gramática não
apenas não é um mestre, como
não tem o direito de chamar-se nem de letrado.
Em Policrático combinou a
crítica social com o esboço de uma ética política que continha uma passagem
muito conhecida na qual justifica o assassinato do tirano. Salisbury pensava
que o poder da autoridade não vem da linhagem, mas era uma missão de serviço
conferida e controlada pelo clero. Se o senhor não atua de acordo com a lei
divina proclamada pelo clero, torna-se um inimigo do bem comum e deve ser
eliminado. A vida política torna-se pura arbitrariedade se não é controlada por
normas éticas e religiosas.
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